Na terça-feira (10), a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da UFSC divulgou o resultado final do Edital 01/Propesq/2022, que apresenta os projetos selecionados internamente para receber financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) em parceria com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN). Os projetos tinham de apresentar relevância acadêmica e relação com algum dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU). O ODS/ONU “Educação de Qualidade” teve um projeto aprovado, intitulado “A linguística na educação básica: o rastreador ocular como ferramenta de fomento à aprendizagem escolar”. O projeto é vinculado ao Laboratório Linguística na Escola (LALESC) e é o único projeto do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) que compõe a lista.
A equipe é formada, por enquanto, por professores da Educação Básica (Profa. Dra. Karina Zendron da Cunha – CA/UFSC, Prof. Dr. Kayron Campos Beviláqua – IFSC-São José/SC, Prof. Dr. Ruan de Souza Mariano – Rede Estadual), professoras universitárias (Profa. Dra. Ana Cláudia de Souza – MEN/PPGL/UFSC, Profa. Dra. Cristiane Lazzarotto-Volcão – DLLV/PPGL/UFSC, Profa. Dra. Sandra Quarezemin – DLLV/PPGL/UFSC e Profa. Dra. Roberta Pires de Oliveira – DLLV/PPGL/UFSC) e um aluno de doutorado (Me. Vitor Hochsprung – PPGL/UFSC). Durante o projeto, pretende-se aumentar a equipe com duas bolsas de Iniciação Científica para discentes de graduação.
O projeto busca participar ativamente dos processos de aprendizagem dos estudantes, visando ao desenvolvimento de sua capacidade analítica, por meio da implementação de metodologia de ensino mediada pela ferramenta de rastreamento ocular. Além disso, o projeto visa levar à Educação Básica a Linguística, de forma mais específica as áreas de Teoria e Análise Linguística e de Psicolinguística Aplicada, área que estuda o processamento e a aquisição da linguagem no campo aplicado, como a escola.
A utilização do rastreador ocular permite analisar a atenção visual de um indivíduo durante certas atividades, como a leitura, por exemplo. Além disso, por meio do rastreamento ocular, é possível demonstrar aspectos do processamento das línguas naturais em tempo real, sendo possível testar empiricamente hipóteses sobre o que ocorre na nossa mente quando lemos ou interpretamos dados de oralidade. Experimentos de Linguística na escola mostraram que os alunos desenvolvem a consciência linguística que leva a uma melhora na qualidade da leitura e escrita, além de melhorarem o desempenho nas ciências naturais, porque aprenderam o método científico. A equipe, assim, espera contribuir com o desenvolvimento educacional de estudantes na área de linguagens e para novas metodologias de ensino.
Para que o projeto seja realizado, receberá financiamento no valor de R$70.000,00, que contribuirá para a compra de equipamentos e também para bolsas de Iniciação Científica. Espera-se concluí-lo em um período de dois anos. O acompanhamento do projeto pode ser feito através do site http://lalesc.com.br e também pelas redes sociais do laboratório.
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